Havia fome na terra de Canaã nos tempos de Isaque,
assim como nos tempos de Abraão. Essa fome se trata de escassez de alimentos,
porém, não existia somente essa fome por alimentos, mas também fome por
conhecerem o Deus Todo Poderoso. Os povos naquela época serviam cada um a seus
deuses e assim passavam necessidades por ignorarem ao Deus verdadeiro. Então
Isaque que teve vontade de ir ao Egito por ser um lugar mais favorável, acabou
ficando no lugar de fome a pedido de Deus. Neste lugar de fome, Isaque tem
experiências com o Deus de seu pai e assim a fé de Isaque também é fortalecida
e provada.
É claro que a prova de fé para Isaque era mostrar
pra ele mesmo em quem ele cria. Ele estava percebendo que andar com o Deus
verdadeiro fazia toda a diferença, pois em tempo onde existia fome por não
estarem produzindo e colhendo, Isaque por sua vez, tudo que semeava produzia, porque
o Senhor era com ele. As escrituras dizem: “E engrandeceu-se o homem, e ia
enriquecendo-se, até que se tornou mui poderoso” (Gn 26.13). As escrituras afirmam que Isaque ficou tão
rico e poderoso que os filisteus o invejavam.
Tomamos como exemplo a vida de Isaque que foi muito
provada em tempos muito difíceis. Uma das grandes provas foi andar por lugares
assolados e liderar um povo enorme com muitos animais. Isaque passou por
grandes desafios e só os venceu por ter alicerçado sua confiança no Deus que
nunca falha. A fé de Isaque foi testada a todo instante, pois até mesmo os
poços que seu pai Abraão havia deixado estavam todos entulhados e cheios de
terra. Isaque fez questão de cavar novamente e colocar os mesmos nomes que seu
pai havia colocado, e as escrituras dizem: “Cavaram, pois, os servos de Isaque
naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas” (Gn 26.19).
Agora uma pausa para lembrarmos que quando Jesus
estava a caminho da Galiléia precisou passar por Samaria, e lá ele se assenta
junto a uma fonte que era herança de Jacó. Uma mulher de Samaria aparece junto
à fonte, e o Senhor Jesus diz que se ela soubesse quem ele era, ele lhe daria
água viva. Então logo ela pergunta: “És tu maior que nosso pai Jacó [...]?” (Jo
4.12). O resto da história você pode ler na integra em João 4.1-30 e perceberá
que Jesus estava realmente dizendo que ele era as águas vivas. Isso é glorioso!
O lugar onde Isaque estava era um lugar dado por
Deus por herança e a fonte de águas vivas já refletia a glória da vinda do messias
que saciaria a sede de todo o seu povo eternamente.
A história de Esaú reflete a vida daqueles que sabem
possuir uma herança, mas a desprezam, e a história de Jacó, daqueles que não
tem herança alguma, porém, fazem tudo para obter uma. Esaú foi displicente
quanto à sua herança material e espiritual, porém, Isaque recebeu a benção de
Deus e a responsabilidade de passar a benção para o filho primogênito.
Depois da venda de sua primogenitura por um prato de
comida, Isaque, já velho, chama Esaú para ser abençoado, porém, quem recebe as
bênçãos é Jacó, pois havia recebido de Esaú sua primogenitura. Jacó recebe as
bênçãos de forma ardilosa e irresponsável, pois consentiu com sua mãe em
enganar a Isaque que já estava velho e cego.
Como sabemos, o que se semeia também se colhe, e com
Jacó não foi diferente, pois quando teve que ir embora para a família de Labão,
irmão de sua mãe Sara, este o engana e o faz ficar por quatorze anos
trabalhando para obter a mão de sua amada Raquel.
No caminho para a cidade onde vivia seu tio Labão,
Jacó se deita, dorme e tem um sonho. Neste sonho ele vê anjos subindo e
descendo, e o Senhor estava acima da escada e se apresenta como sendo o Deus de
Abraão e Isaque, e diz que aquela terra que Jacó está deitado seria dele e de
sua descendência.
Naquele lugar, depois que Jacó acorda, ele pega a
pedra que colocou como seu travesseiro e a coloca por coluna, derramando azeite
em cima dela. Assim ele consagra aquele lugar a Deus.
Um fato importante e interessante que podemos pegar
para nós ainda hoje é como ele fala com Deus. Jacó faz um voto ao Senhor
dizendo que se o Senhor fosse com ele na viajem, o guardando, lhe dando pão,
vestes para vestir, e o fizesse retornar em paz para a casa de seu pai, então o
Senhor ser-lhe-ia por Deus e tudo quanto ele tivesse, certamente daria o dizimo
para o Senhor.
Quantos de nós poderíamos pedir somente o que Jacó
pediu a Deus e ficar realmente feliz? Talvez alguns ou nenhum de nós. O fato é
que precisamos ver Deus como nossa herança e maior tesouro. Precisamos ser
cidadãos do reino do Senhor e não desta terra cheia de violência e rebeldia.
Ter uma vida modesta e piedosa nos fará enxergar que
só o Senhor é a nossa fonte e dele provém nosso sustento, nossa segurança e
nossa paz. Que fiquemos contentes tendo pão, vestes para vestir, segurança e
paz que somente nosso Senhor pode dar.
Em Cristo,
Aislan Vilalba
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