Devocional de leitura anual - Êxodo 39-40

Limpo, refinado, precioso e santo!

O ouro tem grande valor porque é um dos metais mais maleáveis e resistentes. Ele pode ser fatiado com espessuras muito finas como também ser moldado em diferentes formatos e tem ainda poder anticorrosão. Desta forma, essas características aumentam muito o valor deste metal. Talvez seja o metal mais valioso, mais belo, mais nobre e mais cobiçado já encontrado.

A grande quantidade de ouro empregada para feitura do tabernáculo fora algo inestimável e de grande valor tanto financeiro, como psicológico e espiritual. A representação do ouro era algo sabido por todos da época, por isso o Senhor colocou o ouro nas principais partes do tabernáculo para que o sentido de realeza e santidade fosse algo visível para os israelitas.

Depois de os homens terem terminado o tabernáculo, Moisés saiu para ver toda a obra e, tendo visto tudo percebeu que haviam feito conforme o Senhor ordenara e, depois disso, os abençoou. Sendo assim, agora Moisés poderia armar a tenda (tabernáculo) pondo em ordem conforme o Senhor ordenara.

É perceptível a participação integral e solene do Rei dos reis na construção e na ordem dos objetos e utensílios. Tudo que foi construído para o tabernáculo passou pela supervisão direta de Moisés e de Deus, porém, coube ao Senhor ordenar como tudo iria ficar disposto. Para termos uma ideia como tudo ocorreu, seria como se pagássemos para construir uma casa com profissionais altamente gabaritados e, depois de pronta então poderíamos pedir para comprar todos os moveis e decoração da casa, porém, a ordem das coisas dentro da casa passaria pelo olhar do dono da casa para que tudo ficasse onde melhor lhe agradasse.

A maravilhosa glória do Senhor desceu sobre o tabernáculo depois de concluído e montado. Alguns lugares receberam o óleo da unção e outros o sangue da aliança para que se tornassem coisa santíssima ao Senhor. Arão e seus filhos agora poderiam se vestir com as vestes sacerdotais e serem consagrados para a obra no tabernáculo. Depois que tudo estava concluído, uma atmosfera de celebração tomou conta do povo de Israel, pois tudo estava acabado. Existe um paralelo entre a descida desta nuvem sobre o tabernáculo, a descida do Espírito Santo sobre Jesus e depois sobre os cristãos em Atos dos apóstolos, pois quando Jesus foi batizado nas águas por João, desceu sobre ele o Espírito Santo, como também quando os apóstolos e alguns cristãos estavam em uma casa esperando que se cumprissem os dias, para que sobre eles, viesse o Espírito Santo. Então no tabernáculo Ele desceu como uma nuvem, em Jesus como uma pomba e nos cristãos como línguas repartidas de fogo.

Hoje os cristãos podem ser cheios do Espírito Santo; podem sentir suas vidas sendo impactadas e transformadas pelas ações do Senhor em suas vidas. A água limpa, e, o fogo refina, porém, dentro do interior do cristão é necessário que seja formado Cristo, pois sem o caráter de Cristo não agradaremos a Deus. Ser cheio do Espírito Santo significa ter a proteção e orientação necessária rumo ao reino do Senhor Jesus Cristo.

Moisés recebeu a visão do tabernáculo construído por dentro e por fora e, depois de concluída a obra, ele pode perceber que tudo estava conforme a visão. Da mesma forma, as escrituras nos dizem como tudo deve acontecer com as vidas dos cristãos, porém, haverá o dia que estaremos em sua presença para sermos provados para a eternidade junto dEle, pois as escrituras dizem: “E, se alguém sobre este fundamento (Jesus Cristo) formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (I Co 3.12-13).

Diante do fogo provador de Deus só resistirá o que for precioso e santo, ou seja, não adianta levar uma vida com aparência de “ouro” (cristão), mas sim, ser ouro refinado, pois Ele é santíssimo.