Ordem e Santidade
Não demonstrar pesar
e continuar adorando ao Senhor em momentos de perda, é realmente muito difícil.
O sentimento de perda normalmente é algo irreparável, e, manter-se firme no
Senhor sem murmurar ou pensar de forma herética é realmente imprescindível. Ele
sabe o que deve ser feito e o porquê, diferente de nós pecadores que não
sabemos como será o dia de amanhã. Então, como se comportar diante da morte de
um ente querido? Como suportar a perda de um grande sonho pessoal? Bem, o
apóstolo Paulo deixou escrito algo de grande valor para todos os cristãos, a
saber, “mas o que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo. E, na
verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas
estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” [Fl
3.7-8].
O que representou
para Arão a morte de seus filhos Nadabe e Abiú? Como ele se comportou diante do
fato de saber que Deus havia se irado com seus filhos a ponto de consumi-los
com seu fogo? Com toda certeza Arão teve muita vontade de rasgar suas vestes e se
lamentar e chorar, porém, o Senhor o repreendeu para que nem mesmo seus filhos lamentassem, pois certamente
morreriam. O Senhor tratou com seus sacerdotes de forma aparentemente muito
dura, porém, necessária, pois, o que poderia ocorrer caso Nadabe e Abiú
continuassem vivos mesmo após terem colocado fogo estranho no incensário? Com
certeza iriam continuar tendo uma vida desordenada e pecaminosa, não guardando
os preceitos do Senhor e se desviando de seus compromissos como sacerdotes do
Deus Todo Poderoso; além disso, incentivariam os outros sacerdotes a fazerem o
mesmo. As escrituras dizem: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque
tudo o que o homem semear, isso também ceifará” [Gl 6.7].
O Senhor sempre fez
questão de deixar Israel bem informado quanto aos seus deveres como povo. Suas
vidas dependiam da obediência à vontade do único e verdadeiro Deus, O Santo de
Israel. Iavé seria santificado, glorificado e respeitado pelo seu povo através
de uma vida santa e reta de seus sacerdotes. Da mesma forma, hoje em dia o
Senhor é santificado e glorificado através da vida santa e reta de seus
pastores, porém, os falsos pastores fazem com que o Senhor seja desprezado e se
torne motivo de brincadeiras, contudo, o Senhor não se deixa escarnecer, e,
desta forma, colherão o que estão plantando.
As Escrituras deixam
bem claro como os cristãos devem proceder, e como devem viver dignamente diante
do Senhor. Em nada estamos desamparados ou desinformados, de modo que podemos
obter as informações necessárias para andar em santidade, temor e glorificando
ao Senhor, pois ele é digno.
As palavras
abominação e imundo caracterizam muitos animais que foram deixados de fora do
cardápio dos israelenses; por mandamento do Senhor. Se tentarmos exprimir a
real ideia dos textos que dizem sobre o que comer e o que não comer, seria algo
que se aproximaria do figurado, porém, é possível perceber que o Senhor estava
querendo ensinar sobre os hábitos profanos; a morte e a desordem.
Doutro modo, temos o
santo e o limpo, animais que Deus permitia comer, fazendo parte do cardápio dos
israelenses, e, da mesma forma, podemos ter uma compreensão de que o Senhor
queria ensinar, a saber, pureza do ritual, santidade e a vida ordenada.
Deus desafiou seu
povo a ser diferente dos outros povos, pois enquanto as nações vizinhas comiam
todos os tipos de carnes, Israel tinha
um cardápio diferente; um cardápio dado por Iavé. Não estar no mesmo padrão do
mundo é algo verdadeiramente difícil, pois o homem tende a ser igual aos
indivíduos que o rodeia.
Os cristãos hoje são
intimados a viverem a renúncia e a cruz que está na vontade de dizer não ao
mundo e sim para Jesus e sua vida.
O fato de muitos
estarem se deleitando no mundo fazem-se herdeiros da morte eterna, pois comem e
bebem do cardápio que o mundo oferece. Contudo, os cristãos que são
santificados diariamente se fazem herdeiros e participantes da vida eterna,
pois comem da mesa do Senhor, que é bendito eternamente.
O cardápio dos
chamados cristãos é fazer a vontade do Pai, assim como Jesus, o Cristo, pois
está escrito: “[...] A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e
realizar a sua obra” (Jo 4.34). E o apóstolo Paulo aconselha: “De sorte que
haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).
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